Telemedicina já é realidade, mas médicos aguardam nova resolução sobre o tema

Mesmo depois de resolução (2228/19) do Conselho Federal de Medicina, que revogou resolução anterior (2227/18) que definia e disciplinava a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos, a prática já é uma realidade no Brasil. O assunto foi debatido em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família em dezembro de 2019.

Segundo Antonio Luiz Pinho Ribeiro, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, a telemedicina é um exemplo bem-sucedido no Estado a partir dos incentivos recebidos e parcerias firmadas.

"As universidades mineiras se uniram precocemente para prestar essa assistência em conjunto. Isso uniu forças, tornou mais fácil que a gente conseguisse atingir pontos distantes e realizar  várias atividades."

Luiz Ary Messina, da Organização Mundial de Saúde, reconhece que houve uma certa resistência dos médicos em relação à telemedicina, mas o novo processo é irreversível.

"É claro que houve um certo embate na classe médica, com a nova resolução do Conselho Federal de Medicina sendo revogada. Mas todos os médicos e os profissionais da saúde estão cientes dessas inovações tecnológicas e que a maioria delas vêm para ficar."

O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que é médico oftalmologista, não vê resistência entre os médicos com relação à telemedicina.

"O que nós rechaçamos é que se pratique teleconsulta, que é diferente de telemedicina, é uma parte da telemedicina. Nós não podemos deixar que se faça a teleconsulta sem dois médicos, um em cada ponta."

A deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que conduziu a audiência pública, vê com bons olhos o encaminhamento da questão rumo a um marco legal que beneficie todos os interessados, de médicos a pacientes.

"Eu vejo a telemedicina como uma coisa muito importante para dar acesso a quem mais precisa, porque nós temos uma saúde que tem seus problemas."

A expectativa dos envolvidos no processo de compilação das sugestões e consultas aos médicos brasileiros é de que, em maio do ano que vem, o Conselho Federal de Medicina possa emitir uma nova resolução sobre a telemedicina no Brasil.

 

via Agência Câmara de Notícias

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