Projeto Educação e Política
APRESENTAÇÃO
Vivemos a era da informação. Não estamos em transição a ela, ou colhendo os frutos do período após todos seus desdobramentos. Nesta nova etapa - da informação tecnológica - os saberes foram multiplicados, as demandas foram personalizadas e a educação escolar, não detém o monopólio de suas construções. Aspectos positivos e negativos se moldam em torno desta realidade impulsionada pela internet como ferramenta de difusão. Entre as perspectivas positivas, podemos elencar alguns fatores: acesso democratizado; flexibilização; caracterizações para fins distintos; produções independentes; entre tantas outras. Em contraponto as perspectivas negativas se apresentam com um conjunto de efeitos nocivos, sobretudo, de caráter “impreciso”, produtor e formador de opiniões, acarretando, incrementando e estabelecendo direcionamentos na formação cultural e política da sociedade. Somente um movimento “educativo” pode prover alternativas viáveis aos dissensos provocados por este histórico período.
“[...] Como princípio educativo, a pesquisa promove a transformação, tanto pessoal quanto social. Ela suscita: o questionamento criativo; a capacidade de inventar soluções próprias para desafios; a capacidade de descobrir ou criar relações alternativas entre os dados descobertos; a motivação emancipatória que leva um sujeito a recusar ser tratado como objeto[...]” (DEMO, 1991 apud PESCUMA e CASTILHO, p. 13. 2013)
Quanto a política é paradoxal seu “status” em alguns momentos no atual cenário, enquanto a negação das suas atribuições são defendidas por políticos mal intencionados, oriundas das crises decorrentes que o país tem vivido, noutra ponta há um conjunto defensor de suas prerrogativas aguardando por mudanças advindas supostamente das renovações. Contudo, podemos inferir que existe interesse e disposição por se debater temas centrais da política, muito mais do que em décadas passadas, pondo por terra o argumento dos anti-políticos que, esperam difundir a ideia de falência pelos meios da informação disseminada, vulgarmente tendenciosa e manipulada.
Artigos da Fundação Konrad Adenauer no Brasil dos anos de 2016 e 2017, concluem que a demanda por projetos de educação política tem se intensificado, ou seja, o cidadão brasileiro aspira conhecer e debater sua política. Institutos de educação cidadã são idealizações cada vez mais frequentes em todo país, sejam elas de iniciativas governamentais como as escolas dos parlamentos ou oriundas da iniciativa privada e terceiro setor.
São com essas iniciativas que este projeto se converge. Produzir um plano de “Educação Política” para contribuir às transformações necessárias, a medida que o exercício democrático nos exige tal movimento, e a educação é parte fundamental neste processo. O eixo central ao qual este plano se projeta, é a sistematização dos conceitos bases relacionados à política, bem como seus desenvolvimentos históricos-sociais.
Neste universo serão contemplados temas como: ética na política; doutrinas políticas; regimes políticos; organização do Estado brasileiro; atribuições de cargos eletivos; sistema eleitoral; sistema partidário e organizações de terceiro setor.
Com isso, esperamos, efetivamente, passar a ideia de que é possível produzirmos reflexões críticas sobre política como ferramenta de empoderamento cívico, sobretudo para seu aprimoramento. Somente assim, serão extirpados os falaciosos discursos de desprezo sobre seus efeitos.
[...] Política é encargo ou patrimônio para mim, para o jovem, para o outro? A política de ação, não só a política do cotidiano - no condomínio, na escola, na família, no bairro, na ONG, no sindicato -, mas a política como atividade e vida pública, não necessariamente partidária, exige participação. Não fazê-la é algo que ao meu ver, indica alienação [...] (CORTELLA E JANINE, p. 55. 2015).
OBJETIVOS
O curso de “Educação Política” objetiva-se em fornecer subsídios teóricos sobre os conceitos chaves de temas relacionados com a política. Dedicar-se exclusivamente a garantir o desenvolvimento de atividades educativas éticas, plurais, democráticas, suprapartidárias - sem vícios ou paixões ideológicas-, reflexivas e com espaços para debates:
Estabelecer estratégias para transmitir entendimentos acerca dos conteúdos propostos que compõem, em sua maioria, os referenciais curriculares das séries de ensino médio, nos componentes de história, geografia, sociologia e filosofia.
Promover a formação de consciências políticas-cidadãs, estimulando-as sobre a importância da participação popular como ferramenta de inserção social, a partir de experiências vivenciadas ao longo do curso para fortalecimento do ambiente democrático. Enfim, produzir efeitos de ampliação do escopo para aplicabilidade do curso em termos quantitativos e qualitativos.
PERFIL DO PROFESSOR/FACILITADOR
FELIPE DE OLIVEIRA MATOS
Brasileiro, 32 anos, casado.
prof.matos.historia@gmail.com
FORMAÇÃO
Pós Graduação – (Latu Sensu) – Docência e Pesquisa para o Ensino Superior (Unimes 2017).
Licenciatura em História (UNIMES - 2016).
Técnico em Administração (CENTRO PAULA SOUZA - ETEC 2012).
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