A oração e o poder de cura
Estudos atuais revelam que a oração e a meditação tem um poderoso efeito sobre o processo de cura das pessoas.
É o que revela, por exemplo, o Dr. Andrew Newberg, da Universidade norte-americana Thomas Jefferson, que realizou estudos com 40.000 pacientes, baseados em ressonância magnética. Os resultados da pesquisa foram apresentados no livro “How God changes the brain” (“Como Deus muda o cérebro”), lançado em 2009.
Quando feitas com regularidade, tanto a oração quanto a meditação aumentam a atividade cerebral funcionando como um “treino físico” para a mente e resultando no desenvolvimento cerebral e mesmo na cura de várias doenças.
Esses dados são reforçados por pesquisas anteriores, como as de Newberg e Iversen (2003 apud SIMÕES, 2011, p. 97-98) que
realizaram um trabalho de averiguação, por meio de uma tomografia, dos acontecimentos cerebrais ocorridos durante a prática de orações intensas. Investigando três freiras após estas terem realizado cinquenta minutos de preces, que os autores classificaram como “meditação verbal”, os pesquisadores depararam-se com resultados muito similares aos observados com budistas tibetanos. Os resultados mostraram que houve o aumento do fluxo sanguíneo no córtex pré-frontal (CPF) (7,1%), no lobo parietal inferior (6,8%) e no frontal inferior (9%).
Estudos do Dr. Andrew Newberg, diretor de pesquisa no Hospital de Thomas Jefferson e Medical College, na Pensilvânia, através de ressonância magnética (ver informações no site Psicologias do Brasil), revelam que a cura física pode ocorrer como resultado do poder da oração.
Sua pesquisa mostrou que quando uma pessoa é dedicada à oração, há um aumento da atividade nos lobos frontais e a área da linguagem do cérebro, conhecida para se tornar ativo durante a conversa.
O estudo de Newberg foi realizado com pacientes idosos com problemas de memória. Os resultados da ressonância sugerem, inclusive, que a oração pode ter efeitos físicos sobre o cérebro e serve como uma espécie de treinamento físico para o cérebro.
Newberg chegou à conclusão de que, independentemente da religião, a oração cria uma experiência neurológica entre pessoas.
Simões (2011, p. 98) também destaca as pesquisas lideradas por Luciano Bernardi (2001) de investigação dos efeitos produzidos pela prática de mantras e de preces.
Os cientistas fizeram com que vinte e três voluntários realizassem a prece conhecida como Rosário. Esta prece é composta por uma sequência de cento e cinquenta repetições da Ave Maria, entoadas de forma lenta e rítmica [...] Os resultados da pesquisa revelaram que [...] Houve sincronizações dos ritmos fisiológicos que causaram reduções na frequência respiratória, no fluxo sanguíneo cerebral e na pressão arterial sistólica e diastólica (SIMÕES, 2011, p. 98).
Referências Bibliográficas
BERNARID, Luciano [et. al.]. Effect of rosary prayer and yoga mantras on autonomic cardiovascular rhythms: comparative study. British Medical Association, 323(7327):1446-1449, dez. 2001.
NEWBERG, A. B.; IVERSEN, J. The neural basis of the complex mental taks of meditation: neurotransmitter and neurochemical considerations. Medical Hypotheses, 61(2):282-91, aug. 2003.
SIMÕES, Roberto Serafim. Fisiologia da Religião: uma análise sobre vários estudos da prática religiosa do Yoga. Dissertação (Mestrado em Ciências da Religião). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2011.
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