(Luana Medeiros)
Oxum tem o Mar dentro de si
As vezes escorre pelos olhos
Tempera o choro, salga o pranto
A tardinha
Mirada triste
Lembra distante
Que esteve perto d'aquele
Oceano profundo
Era sua morada
Oxum chora
Não teve promessa
Nem Pente de Vênus
Contos de terror
Teu canto
Qual a profundeza dessa dor?
Onde ela vive?
Onde ela mora?
Perfuma águas do rio doce
Princesa, mãe d'água, Iara, lindos aguapés
Enfeitam teus cabelos
Negros, lisos
Não teve presente
Espelho, perfume ou pente
Esse tempo é triste, e Oxum chora
A Política e suas Interfaces → Arte e Política → Poesia e Política → Poesia → Oxum
Sobre a Autora
Luana Pantoja Medeiros
é Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado do Amazonas-UEA. Pesquisadora nas áreas de Sociolinguística, Linguagem, Gênero e Relações de Poder, Poesia e Poética Feminista.