(Luana Medeiros)
Há muito tempo resistiu percorrer caminhos
que não poderiam ser conquistados
É como caminhar sem destino
É Labirinto perigoso
Ave conquistadora, dominadora
Mas de que vale a pena
Resistir sem conquistar
Quem nasceu para vencer
Não perde
O destino é ave de rapina
E Ave Graúna perdeu para o engodo
Para o insano
Mas Asa ferida não é Asa quebrada
Por isso, resiste, revoluta, luta
O caminho não tem preço
Não enxerga o começo
Nem o fim
Nem ledo engano
Ave Graúna, negra, branca, bela, sagaz
Cega, surda, ferida
Resiste
Vive
Ainda de pé
Se não pode percorrer
Vai apenas sobrevoar
E, baixinho, calma, mansa, machucada, eterna e voraz
Voará para sempre por esses caminhos
Porque Lindos sonhos de liberdade
Teceram-se sob essa imensa vereda verdejante.
A Política e suas Interfaces → Arte e Política → Poesia e Política → Poesia → Ave graúna
Sobre a Autora
Luana Pantoja Medeiros
é Graduada em Letras Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade do Estado do Amazonas-UEA. Pesquisadora nas áreas de Sociolinguística, Linguagem, Gênero e Relações de Poder, Poesia e Poética Feminista.